25 agosto 2014
Aprendizagem
Todo educador, atrás de sua prática educativa possui uma ideia que o orienta. Durante muito tempo, e até hoje vemos que a teoria empirista (modelo de ensino e aprendizagem conhecido como estímulo-resposta) define aprendizagem como a substituição de respostas erradas por respostas certas, partindo da concepção de que o aluno precisa memorizar e fixar informações acumulando-as com o passar do tempo.Seu principal instrumento, a cartilha que está fundamentada no modelo das famílias silábicas, frases desconectadas que ao longo do tempo vão formar textos sem significados irão embasar e dar suporte a essa aprendizagem lacunada e sem significação. Nessa concepção, o conhecimento está fora do sujeito (conhecimento externo) e o aluno é concebido como vazio sendo preenchido pelas experiências que tem com o mundo, assim como critica Paulo Freire, uma “educação bancária”, “depositária”.Em contrapartida, na concepção construtivista, pressupõe uma atividade, por parte do aprendiz, que organiza e integra os novos conhecimentos aos já existentes. O aprendiz é um sujeito, protagonista do seu próprio processo de aprendizagem, alguém que vai produzir a transformação, convertendo informação em conhecimento próprio. Essa construção pelo aprendiz se dá a partir de situações nas quais ele age sobre o objeto do seu conhecimento, pensa, recebendo ajuda, é desfiando, reflete e interage com outras pessoas. O conhecimento está em permanentemente transformação a partir do conhecimento que já existe (conhecimentos prévios). O aluno não constrói o conhecimento sozinho, espontaneamente, cabe ao professor organizar a situação de aprendizagem de forma a oferecer informação adequada,observar as ações, problematizar, desestabilizar, intervir de modo que o conhecimento do aluno avance progressivamente. Portanto, deve haver um diálogo entre o ensino (professor) e aprendizagem (aluno) onde o processo de ensino deve se adaptar ao processo de aprendizagem. Para isso, é preciso que o professor organize situações de aprendizagem que seus alunos sejam levados a construir hipóteses e tentem resolve-las. Sendo assim, é imprescindível criar boas situações significativas de aprendizagens que leve o aluno a acionar seus conhecimentos a fim de resolver situações-problemas. O conteúdo trabalhado deve manter suas características socioculturais reais, pois, de nada adiantará tratar assuntos longe da realidade do aluno ou que não lhe servirão na vida prática, no entanto, é papel da escola garantir a aproximação entre o uso social do conhecimento e a forma de abordá-lo didaticamente. Na concepção construtivista a função da intervenção é atuar de modo que os alunos transformem seus esquemas interpretativos em outros que dêem suporte a questões mais complexas.A concepção empirista vê a intervenção com o objetivo correção, longe dos alunos onde, os erros são marcados apenas para que os alunos os corrijam. Porém, achar erros e simplesmente corrigi-los sem qualquer intervenção estará apenas alterando uma grafia ou uma ideia que não estava coerente. Entretanto, uma correção que leve o aluno a refletir sobre o seu erro e corrigi-lo de forma consciente repercutirá em uma aprendizagem sólida e didaticamente correta.
Texto: RehLoirahh
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