Pedagogia e Tecnologia

MINHA MESA DE ESTUDOS

25 setembro 2014

A Auto-Imagem Como Causa Da Violência

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Frente ao noticiário de atos de violência, que ocorrem não só no Brasil mas também em muitos países, muitas pessoas perguntam: - O que pode levar certas pessoas a ações de violência? E as respostas serão relacionadas às áreas sociais, familiares, econômicas, psiquiátricas, psicológicas, éticas, etc. Uma dessas explicação das ações violentas, está na auto-imagem, o modo como cada um enxerga a si próprio e como se coloca em relação aos outros.

    Uma pessoa pode ter uma auto-imagem negativa e ser revoltada, violenta, insegura, inferiorizada, vivendo infeliz ou uma auto-imagem positiva e ser alegre, integrada ao seu meio e aos grupos sociais, auto-confiante, entusiasmada pela vida, otimista, sendo feliz consigo mesma e com as outras pessoas. Ao desenvolver uma auto-imagem negativa, uma pessoa pode reagir com agressividade e violência, contra si própria (auto-destruição, como drogas, bebidas alcoólicas, etc) ou ação contra outras pessoas (ameaças, suborno, intimidação, coerção, agressões, maus tratos, estupros, chantagem, humilhação, sequestros, violências físicas que causem dano, sofrimento físico, sexual e psicológico ou a morte, e tantos outros atos agressivos e violentos).

    Na formação de uma auto-imagem negativa uma pessoa, geralmente, recebeu muitos estímulos negativos, depreciativos, agressivos ou de desproteção, levando-a a ter baixa opinião sobre si mesma e baixa opinião sobre as outras pessoas, desenvolvendo sentimentos negativos de que ela não presta, não serve para nada, não tem nenhuma qualidade ou valor como ser humano, podendo até ter idéias delirantes de perseguição e outros sentimentos que a tornam uma pessoa infeliz. E fazendo com que desenvolva a idéia de que "as outras pessoas", quaisquer outras, devem ser também, iguais a ela, não prestam e não têm nenhum valor e por isso, não haveria nenhum problema se forem agredidas ou destruídas.

O Medo e o Instinto da Tartaruga

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Qualquer pessoa pode sentir medo e uma pessoa esclarecida geralmente tem menor número de medos. Já uma pessoa que possui pouco discernimento mental e tem falta de confiança em si mesma, pode apresentar maior número de medos e temores. Certos medos são passageiros e outros afetam as atividades diárias da pessoa, dos grupos sociais e da sociedade, como um todo. Quaisquer que sejam os medos de uma pessoa ou grupo, é importante entender os medos e lutar contra eles. 

    A palavra "medo" deriva de uma palavra grega que significa "temor", um sentimento de inquietação, de apreensão, de incerteza, de receio em face de um perigo real ou imaginário, uma sensação de que não pode confiar. O medo é relacionado ao termo "fobia" (do grego phobos, pânico ou terror incontroláveis), quando indica um medo de grande intensidade de alguma coisa. Assim, Cinofobia é o medo de cães, Cleptofobia é o medo de roubar, Claustrofobia é o medo intenso de lugares fechados, Agorafobia é o medo de lugares abertos, Acrofobia é o medo das alturas, Astrofobia é medo de relâmpagos,  Brontofobia medo de trovoadas, Gamofobia é o medo do casamento, Necrofobia é o medo da morte, Nictofobia é o medo de escuridão, Nomofobia é o medo de ficar sem celular, Pirofobia é o medo de fogo, Potamofobia ou Aquafobia, medo da água, Tafofobia é o medo de ser enterrado vivo, Zoofobia é o medo de animais, e muitos outros medos que os terapeutas enfrentam no processo de tratamento das pessoas ou grupos.

16 setembro 2014

Livro: Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro - Edgar Morin - Download

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Para fazer o download do livro Clique Aqui.



Síntese

Síndrome de Asperger

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"Guia Prático Importante para todo aquele que lida com o Autismo"

Oração do Professor

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Dai-me, Senhor, o dom de ensinar, dai-me esta graça que vem do amor.
Mas, antes do ensinar, Senhor, dai-me o dom de aprender. Aprender a ensinar. Aprender o amor de ensinar.
Que o meu ensinar seja simples, humano e alegre, como o amor. de aprender sempre.
Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar. Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe.  Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade. Que meus conhecimentos não produzam orgulho, mas cresçam e se abasteçam da humildade. Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas, mas animem as faces de quem procura a luz.
Que a minha voz nunca assuste, mas seja a pregação da esperança.
Que eu aprenda que quem não me entende precisa ainda mais de mim, e que nunca lhe destine a presunção de ser melhor. Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender, para que eu possa trazer o novo, a esperança, e não ser um perpetuador das desilusões. Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender. Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.

Antonio Pedro Schlindwein 

Educar com Tecnologia

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"Trecho extraído do texto Novos desafios na Educação - a Internet na educação presencial e virtual."

Depois desse panorama que parece um pouco assustador para alguns, vou expor o que é educar. A questão fundamental não é a tecnológica. As tecnologias podem nos ajudar, mas, fundamentalmente, educar é aprender a gerenciar um conjunto de informações e torná-las algo significativo para cada um de nós, isto é, o conhecimento. Hoje nós temos inúmeras informações e um conhecimento bem menor, porque estas nos escapam, estão soltas, não sabemos reorganizá-las. O conhecimento é isso. Além de gerenciar a informação, é importante aprender a gerenciar também sentimentos, afetos, todo o universo das emoções. Educar é um processo complexo, não é somente ensinar idéias, é ensinar também a lidar com toda essa gama de sensações, emoções que nos ajudem a nos equilibramos e a viver com confiança. O professor que tem uma atitude de equilíbrio e que inspira confiança, ajuda muito os seus alunos a evoluir no processo de aprendizagem.
Ao mesmo tempo, educar também é aprender a gerenciar valores. Não basta só informação e conhecimento. A universidade se omite muito neste campo, quando deixa os valores para o âmbito da família, religião, do campo pessoal. Tudo está impregnado de valor, mesmo as equações mais abstratas.
A educação tem sentido se trabalhamos com valores que nos ajudem a nos realizarmos, a sermos felizes – professores, alunos e os demais envolvidos no processo. De que adianta educar somente para o trabalho? Ele é importante, mas tem tanta gente insatisfeita, mesmo ganhando muito....! De que adianta só trabalhar se a pessoa não encontra sentido para a vida? Então, educar é também procurar encontrar sentido para viver. Educar é aprender a gerenciar processos onde, de um lado, você caminha em direção à autonomia, à liberdade. E, de outro, você busca sua identidade. Você deixa uma marca e, ao mesmo tempo, você interage, você consegue viver em sociedade, trabalhar em conjunto. Educar também é aprender a gerenciar tecnologias, tanto de informação quanto de comunicação. Ajudar a perceber onde está o essencial, e a estabelecer processos de comunicação cada vez mais ricos, mais participativos.

A Sociedade ajuda a criar tipos de Homens

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Para saber, para fazer, para ser ou para conviver. Todos os dias misturamos a vida com a educação.
Os bebês, por exemplo, sentem necessidade de aprender e esta aprendizagem iniciada desde a mais tenra idade, objetiva socializar o indivíduo na sociedade por meio do ensino de hábitos, costumes e valores convencionados de forma consensual pela coletividade.
A educação ajuda a pensar tipos de homens, mais do que isso, ela ajuda a cria-los, através de passar uns para os outros o saber que o constitui e legitima. Produz o conjunto de crenças e idéias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto constroem tipos de sociedades.

Carlos Rodrigues Brandão - http://www.sitiodarosadosventos.com.br/livro/
Possui graduação em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1965), mestrado em antropologia pela Universidade de Brasília (1974) e doutorado em ciências sociais pela Universidade de São Paulo (1980). Atualmente é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)e professor visitante senior da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Tem experiência na área de antropologia, com ênfase em antropologia rural, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura, educacao popular, campo religioso, religiao e educacao. Coordena atualmente dois projetos de pesquisa nos sertões do Norte de Minas. É Comendador do Mérito Científico pelo MCT, Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás, Professor Emérito da Universidade Federal de Uberlândia.


"A felicidade está na maneira simples de levarmos a vida."

08 setembro 2014

Uma Prece...

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Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre.
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...

A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!


Francisco Cândido Xavier

05 setembro 2014

La Luna - Animação da Pixar para refletir sobre Metodologia Educacional

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Dirigido por Enrico Casarosa, La Luna é uma fábula sobre um menino que está crescendo em circunstâncias muito especiais. Esta noite será a primeira vez que seu pai e seu avô o levarão para trabalhar. A bordo de um velho bote de madeira, eles seguem para o mar e, sem terra à vista, param e esperam.

Uma grande surpresa aguarda o pequeno à medida que descobre qual é o singular trabalho de sua família. Será que ele deve seguir o exemplo do pai e do avô? Será ele capaz de encontrar o próprio caminho em meio as opiniões conflitantes de sua família e de suas tradições já desgastadas pelo tempo? 


Assista ao vídeo abaixo! Vale muito a pena!!



04 setembro 2014

Vygotsky e o Desenvolvimento Humano

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Por: Elaine Rabello e José Silveira Passos

O que é Desenvolvimento Humano?

A noção de desenvolvimento está atrelada a um contínuo de evolução, em que nós caminharíamos ao longo de todo o ciclo vital. Essa evolução, nem sempre linear, se dá em diversos campos da existência, tais como afetivo, cognitivo, social e motor. Este caminhar contínuo não é determinado apenas por processos de maturação biológicos ou genéticos. O meio (e por meio entenda-se algo muito amplo, que envolve cultura, sociedade, práticas e interações) é fator de máxima importância no desenvolvimento humano.
Os seres humanos nascem “mergulhados em cultura”, e é claro que esta será uma das principais influências no desenvolvimento. Embora ainda haja discordâncias teóricas entre as abordagens que serão apresentadas adiante sobre o grau de influência da maturação biológica e da aprendizagem com o meio no desenvolvimento, o contexto cultural é o palco das principais transformações e evoluções do bebê humano ao idoso. Pela interação social, aprendemos e nos desenvolvemos, criamos novas formas de agir no mundo, ampliando nossas ferramentas de atuação neste contexto cultural complexo que nos recebeu, durante todo o ciclo vital.

Perspectivas de Estudo do Desenvolvimento humano (Ribeiro, 2005): Na Psicologia do Desenvolvimento, temos algumas perspectivas diversas.

• Para os teóricos Ambientalistas, entre eles Skinner e Watson (do movimento behaviorista), as crianças nascem como tábulas rasas, que vão aprendendo tudo do ambiente por processos de imitação ou reforço.
• Para os teóricos Inatistas, como Chomsky, as crianças já nascem com tudo que precisam na sua estrutura biológica para se desenvolver. Nada é aprendido no ambiente, e sim apenas disparado por este.
• Para os teóricos Construcionistas, tendo como ícone Piaget, o desenvolvimento é construído a partir de uma interação entre o desenvolvimento biológico e as aquisições da criança com o meio.
Temos ainda uma abordagem Sociointeracionista, de Vygotsky, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá em relação nas trocas entre parceiros sociais, através de processos de interação e mediação.
• Temos a perspectiva Evolucionista, influenciada pela teoria de Fodor, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá no desenvolvimento das características humanas e variações individuais como produto de uma interação de mecanismos genéticos e ecológicos, envolvendo experiências únicas de cada indivíduo desde antes do nascimento.
• Ainda existe a visão de desenvolvimento Psicanalítica, em que temos como expoentes Freud, Klein, Winnicott e Erikson. Tal perspectiva procura entender o desenvolvimento humano a partir de motivações conscientes e inconscientes da criança, focando seus conflitos internos durante a infância e pelo resto do ciclo vital.

Resumo: Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire

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CAPÍTULO 1 - NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA

A reflexão crítica da prática é uma exigência da relação teoria/ prática, sem a qual a teoria irá virando apenas palavras, e a prática, ativismo.
Há um processo a ser considerado na experiência permanente do educador. No dia-a-dia ele recebe os conhecimentos – conteúdos acumulados pelo sujeito, o aluno, que sabe e lhe transmite.
Neste sentido, ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
Ensinar é mais que verbo-transitivo relativo, pede um objeto direto: quem ensina, ensina alguma coisa; pede um objeto indireto: à alguém, mas também ensinar inexiste sem aprender e aprender inexiste sem ensinar.
Só existe ensino quando este resulta num aprendizado em que o aprendiz se tornou capaz de recriar ou refazer o ensinado, ou seja, em que o que foi ensinado foi realmente aprendido pelo aprendiz.
Esta é a vivência autêntica exigida pela prática de ensinar-aprender. É uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética.
Nós somos “seres programados, mas, para aprender” (François Jacob). O processo de aprender pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade crescente que pode torná-lo mais e mais criador, ou em outras palavras: quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se constrói e desenvolve a “curiosidade epistemológica”, sem a qual não alcançamos o conhecimento cabal do objeto.


1. ENSINAR EXIGE RIGOROSIDADE METODOLÓGICA
O educador democrático, crítico, em sua prática docente deve forçar a capacidade de crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetos cognoscíveis, é uma de suas tarefas primordiais. Para isso, ele precisa ser um educador criador, instigador, inquieto, rigorosamente curioso, humilde e persistente. Deve ser claro para os educandos que o educador já teve e continua tendo experiência de produção de certos saberes e que estes não podem ser simplesmente transferidos a eles.
Educador e educandos, lado a lado, vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber. É impossível tornar-se um professor crítico, aquele que é mecanicamente um memorizador, um repetidor de frases e idéias inertes, e não um desafiador. Pensa mecanicamente. Pensa errado. A verdadeira leitura me compromete com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão fundamental me vou tornando também sujeito.
Só pode ensinar certo quem pensa certo, mesmo que às vezes, pense errado. E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiados certos de nossas certezas. O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos a beleza de estarmos no mundo e com o mundo, como seres históricos, intervindo no mundo e conhecendo -o .Contudo, nosso conhecimento do mundo tem historicidade. Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro que antes foi novo e se fez velho, e se “dispõe” a ser ultrapassado por outro amanhã.
Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos do ciclo gnosiológico: o momento em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente, e o momento em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente.
É a prática da “do-discência” : docência - discência e pesquisa.

03 setembro 2014

Aprenda a programar de uma forma divertida

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O Code.org é um site americano com um projeto sem fins lucrativos e tem como proposta dar noções de programação para o maior número possível de pessoas. 
O ambiente virtual do site possui espaço para imersão dos códigos e a plataforma é um hub de ambientes de aprendizagem que consegue apresentar com clareza os conteúdos que disponibiliza de sites como o Codecademy, Khan Academy, Scratch e CodeHS. Ensina linguagens de programação como JavaScript, Ruby e Python e um dos seus maiores diferenciais é possuir cursos de famosas universidades online tais como: Coursera, Udacity e Edx, e tutoriais que são suporte para desenvolver o raciocínio de adultos e crianças.

Mark Zuckerberg, o criador do Facebook e Bill Gates, o criador da Microsoft, são nomes de peso que apoiam o projeto.
As crianças vão amar aprender os conceitos básicos da Ciência da Computação de uma forma bastante divertida!!!


                                                                        




02 setembro 2014

Erico Veríssimo - Bibliografia

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“Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso ‘Não era bem isto o que queria dizer’.” 

((Erico Veríssimo))


Erico Lopes Verissimo nasceu em Cruz Alta (RS) no dia 17 de dezembro de 1905, filho de Sebastião Verissimo da Fonseca e Abegahy Lopes Verissimo.

Em 1909, com menos de 4 anos, vítima de meningite, agravada por uma broncopneumonia, quase vem a falecer. Salva-se graças à interferência do Dr. Olinto de Oliveira, renomado pediatra, que veio de Porto Alegre especialmente para cuidar de seu problema.

Inicia seus estudos em 1912, frequentando, simultaneamente, o Colégio Elementar Venâncio Aires, daquela cidade, e a Aula Mista Particular, da professora Margarida Pardelhas. Nas horas vagas vai o cinema Biógrafo Ideal ou vê passar o tempo na Farmácia Brasileira, de seu pai.

Aos 13 anos, lê autores nacionais — Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos. Com tempo livre, tendo em vista o recesso escolar devido à gripe espanhola, dedica-se, também, aos autores estrangeiros, lendo Walter Scott, Tolstoi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski.

Em 1920, vai estudar, em regime de internato, no Colégio Cruzeiro do Sul, de orientação protestante, localizado no bairro de Teresópolis, em Porto Alegre. Tem bom desempenho nas aulas de literatura, inglês, francês e no estudo da Bíblia.

Seus pais separam-se em dezembro de 1922. Vão — sua mãe, o irmão e a filha adotiva do casal, Maria, morar na casa da avó materna. Para ajudar no orçamento doméstico, torna-se balconista no armazém do tio Americano Lopes. Os tempos difíceis não o separam dos livros: lê Euclides da Cunha, faz traduções de trechos de escritores ingleses e franceses e começa a escrever, escondido, seus primeiros textos. Vai trabalhar no Banco Nacional do Comércio.

Continua devorando livros. Em 1923. Lê Monteiro Lobato, Oswald e Mário de Andrade. Incentivado pelo tio materno João Raymundo, dedica-se à leitura das obras de Stuart Mill, Nietzsche, Omar Khayyam, Ibsen, Verhaeren e Rabindranath Tagore.

No ano seguinte, a família da mãe muda-se para Porto Alegre, a fim de que seu irmão, Ênio, faça o ginásio no Colégio Cruzeiro do Sul. Infelizmente a mudança não dá certo. O autor, que havia conseguido um lugar na matriz do Banco do Comércio, tem problemas de saúde e perde o emprego. Após tratar-se, emprega-se numa seguradora mas, por problemas de relacionamento com seus superiores, passa por maus momentos. Morando num pequeno quarto de uma casa de cômodos e diante de tantos insucessos, a família resolve voltar a Cruz Alta.

Erico volta a trabalhar no Banco do Comércio, como chefe da Carteira de Descontos, em 1925. Toma gosto pela música lírica, que passa a ouvir na casa de seus tios Catarino e Maria Augusta. Seus primos, Adriana e Rafael, filhos do casal, seriam os primeiros a ler seus escritos.

Logo percebe que a vida de bancário não o satisfaz. Mesmo sem muita certeza de sucesso, aceita a proposta de Lotário Muller, amigo de seu pai, de tornar-se sócio da Farmácia Central, naquela cidade, em 1926. 

Em 1927, além dos afazeres de dono de botica, dá aulas particulares de literatura e inglês. Lê Oscar Wilde e Bernard Shaw. Começa a sedimentar seus conhecimentos da literatura mundial lendo, também, Anatole France, Katherine Mansfield, Margareth Kennedy, Francis James, Norman Douglas e muitos outros mais. Começa a namorar sua vizinha, Mafalda Halfen Volpe, de 15 anos.

O mensário “Cruz Alta em Revista” publica, em 1929, “Chico: um conto de Natal” que, por insistência do jornalista Prado Júnior, Erico havia consentido. O colega de boticário e escritor Manoelito de Ornellas envia ao editor da “Revista do Globo”, em Porto Alegre, os contos “Ladrão de gado” e “A tragédia dum homem gordo”, onde, aprovadas, foram publicadas.

Erico remete a De Souza Júnior, diretor do suplemento literário “Correio do Povo”, o conto “A lâmpada mágica”. Esse, segundo testemunhas, o publica sem ler, o que dá ao autor notoriedade no meio literário local.

Com a falência da farmácia, em 1930, o autor muda-se para Porto Alegre disposto a viver de seus escritos. Passa a conviver com escritores já renomados, como Mario Quintana, Augusto Meyer, Guilhermino César e outros. No final do ano é contratado para ocupar o cargo de secretário de redação da “Revista do Globo”, cargo que ocupa no início do ano seguinte.

Em 1931 casa-se, em Cruz Alta, com Mafalda Halfen Volpe. Lança sua primeira tradução, “O sineiro”, de Edgar Wallace, pela Seção Editora da Livraria do Globo. No mesmo ano traduz desse escritor “O círculo vermelho” e “A porta das sete chaves”. Colabora na página dominical dos jornais “Diário de Notícias” e “Correio do Povo”.

Em 1932, é promovido a Diretor da “Revista do Globo”, ocasião em que é convidado por Henrique Bertaso, gerente do departamento editorial da “Livraria do Globo”, a atuar naquela seção, indicando livros para tradução e publicação. Sua obra de estréia, “Fantoches”, uma coletânea de histórias em sua maior parte na forma de peças de teatro. Foram vendidos 400 exemplares dos 1.500 publicados. A sobra, um incêndio queimou. 

Traduz, em 1933, “Contraponto”, de Aldous Huxley, que só seria editado em 1935. Seu primeiro romance, “Clarissa”, é lançado com tiragem de 7.000 exemplares. 

Seu romance “Música ao longe” o faz ser agraciado com o Prêmio Machado de Assis, da Cia. Editora Nacional, em 1934. No ano seguinte, nasce sua filha Clarissa. Outro romance, “Caminhos cruzados”, recebe o Prêmio Fundação Graça Aranha. O autor admite a associação desse romance a “Contraponto”, de Aldo Huxley, o que faz com que seja mal recebido pela direita e atice a curiosidade e a vigilância do Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul, que chegou a chamá-lo a depor, sob a acusação de comunismo. São publicados, ainda nesse ano, “Música ao longe” e “A vida de Joana d’Arc”. Realiza sua primeira viagem ao Rio de Janeiro (RJ), onde faz contato com Jorge Amado, Murilo Mendes, Augusto Frederico Schmidt, Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego e outros mais. Seu pai falece.

Em 1936, publica seu primeiro livro infantil, “As aventuras do avião vermelho”. Lança, também, “Um lugar ao sol”. Cria o programa de auditório para crianças, “Clube dos três porquinhos”, na Rádio Farroupilha, a pedido de Arnaldo Balvé. Dessa idéia surge a “Coleção Nanquinote”, com os livros “Os três porquinhos pobres”, “Rosa Maria no castelo encantado” e “Meu ABC”. Lança a revista “A novela”, que oferecia textos canônicos ao lado de outros, de puro entretenimento. Nasce seu filho Luis Fernando. É eleito presidente da Associação Rio-Grandense de Imprensa.

O DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, exige que o autor submeta previamente àquele órgão as histórias apresentadas no programa de rádio por ele criado, em 1937. Resistindo à censura prévia, encerra o programa. Outra reação ao nacionalismo ufanista da ditadura Vargas se faz sentir na versão para didática da história do Brasil em “As aventuras de Tibicuera”.

Um de seus maiores sucessos, “Olhai os lírios do campo”, é lançado em 1938. Publica, nesse mesmo ano, “O urso com música na barriga”, da “Coleção Nanquinote”.

Erico passa a dedicar a maior parte de seu tempo ao departamento editorial da Globo, em 1939. Em companhia de seus companheiros Henrique Bertaso e Maurício Rosenblatt, é responsável pelo sucesso estrondoso de coleções como a Nobel” e da “Biblioteca dos Séculos”, nas quais eram encontrados traduções de textos de Virginia Wolf, Thomas Mann, Balzac e Proust. Mesmo assim, com todo esse trabalho, arranja tempo para lançar, ainda da série infantil, “A vida do elefante Basílio” e “Outra vez os três porquinhos”, e o livro de ficção científica “Viagem à aurora do mundo”.

Em 1940, lança “Saga”. Pronuncia conferências em São Paulo (SP). Traduz “Ratos e homens”, de John Steinbeck; “Adeus Mr. Chips” e “Não estamos sós”, de James Hilton; “Felicidade” e “O meu primeiro baile”, de Katherine Mansfield. Faz sua primeira noite de autógrafos na Livraria Saraiva. 

Passa três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado americano, em 1941, proferindo conferências. As impressões dessa temporada estão em seu livro “Gato preto em campo de neve”. Ele e seu irmão Enio são testemunhas de um suicídio: uma mulher se atira do alto de um edifício quando conversavam na praça da Alfândega, em Porto Alegre. Esse acontecimento é aproveitado em seu livro “O resto é silêncio”.

A censura no estado novo continuava atenta. A Globo cria a Editora Meridiano, uma subsidiária secreta para lançar obras que pudessem desagradar ao governo. Essa editora publica “As mãos de meu filho”, reunião de contos e outros textos, em 1942.

No ano seguinte, publica “O resto é silêncio”, livro que merece críticas pesadas do clero local. Temendo que a ditadura Vargas viesse a causar-lhe danos e á sua família, aceita o convite para lecionar Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia feito pelo Departamento de Estado americano. Muda-se para Berkley com toda a família.

O Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do Brasil, confere-lhe o título de doutor Honoris Causa, em 1944. É publicado o compêndio “Brazilian Literature: An Outline”, baseado em palestras e cursos ministrados durante sua estada na Califórnia. Esse livro foi publicado no Brasil, em 1955, com o título “Breve história da literatura brasileira”. 

Passa o ano de 1945 fazendo conferências em diversos estados americanos. Retorna ao Brasil. 

Em 1946, publica “A volta do gato preto”, sobre sua vida nos Estados Unidos.

Inicia, em 1947, a escrever “O tempo e o vento”. Previsto para ter um só volume, com aproximadamente 800 páginas, e ser escrito em três anos, acabou ultrapassando as 2.200 páginas, sob a forma de trilogia, consumindo quinze anos de trabalho.  Traduz “Mas não se mata cavalo”, de Horace McCoy. Faz a primeira adaptação para o cinema de uma obra de sua autoria: “Mirad los lírios Del campo”, produção argentina  dirigida por Ernesto Arancibia que tinha em seu elenco Mauricio Jouvet e Jose Olarra.

No ano seguinte, dedica-se a ordenar as anotações que vinha guardando há tempos e dar forma ao romance “O continente”. Traduz “Maquiavel e a dama”, de Somerset Maugham.

”O continente”, primeiro volume de “O tempo e o vento”, é finalmente publicado, em 1949, recebendo muitos elogios da crítica. Recebe o escritor franco-argelino Albert Camus, autor de “A peste”, em sua passagem por Porto Alegre. 

No ano de 1951, é lançado o segundo livro da trilogia “O tempo e o vento”: “O retrato”. O trabalho não tão bem recebido pela crítica como o primeiro livro.

Assume, em 1953, a convite do governo brasileiro, em Washington, E.U.A., a direção do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana, na Secretaria da Organização dos Estados Americanos, substituindo a Alceu Amoroso Lima.

No ano seguinte, é agraciado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Lança “Noite”, novela que é traduzida na Noruega, França, Estados Unidos e Inglaterra. Visita, face às funções assumidas junto à OEA, diversos países da América Latina, proferindo palestras e conferências. 

De volta ao Brasil, em 1956, lança “Gente e bichos”, coleção de livros para crianças. Sua filha casa-se com David Jaffe e vai morar nos Estados Unidos. Dessa união nasceriam seus netos Michael, Paul e Eddie.

Em 1957, publica “México”, onde conta as impressões da viagem que fizera àquele país.

”O arquipélago”, terceiro livro da trilogia “O tempo e o vento”, começa a ser escrito em 1958. Tem um mal-estar ao discursar na abertura de um congresso em Porto Alegre. Consegue se refazer e disfarçar o ocorrido.

Acompanhado de sua mulher e do filho Luis Fernando, faz sua primeira viagem à Europa, em 1959. Expõe sua defesa à democracia em palestras proferidas em Portugal e entra em choque com a ditadura salazarista. Lança “O ataque”, que reunia três contos: “Sonata”, “Esquilos de outono” e “A ponte”, além de um capítulo inédito de “O arquipélago”. Passa uma temporada na casa de sua filha, em Washington.

Dedica-se, em 1960, a escrever “O arquipélago”.

Em 1961, sofre o primeiro infarto do miocárdio. Após dois meses de repouso absoluto, volta aos Estados Unidos com sua mulher. Saem os primeiros tomos de “O arquipélago”. 

O terceiro tomo de “O Arquipélago” é publicado em 1962, concluindo o projeto de “O tempo e o vento”. O volume é considerado uma obra-prima. Visita a França, Itália e a Grécia.

A mãe do biografado falece em 1963.

Em 1964, seu filho Luis Fernando casa-se com Lúcia Helena Massa, no Rio de Janeiro, cidade para a qual ele se mudara em 1962. Dessa união nasceriam Fernanda, Mariana e Pedro. Insurge-se contra o golpe militar e dirige manifesto a seus leitores em defesa das instituições democráticas. Recebe o título de “Cidadão de Porto Alegre”, conferido pela Câmara de Vereadores daquela cidade.

Ganha o Prêmio Jabuti – Categoria “Romance”, da Câmara Brasileira de Livros, em 1965, com o livro “O senhor embaixador”. Volta aos Estados Unidos.

A convite do governo de Israel, visita aquele país em 1966. Vai aos Estados Unidos, mais uma vez, visitar seus familiares. Escreve “O prisioneiro”, que seria lançado em 1967. A Editora José Aguilar, do Rio de Janeiro, publica, em cinco volumes, o conjunto de sua ficção completa. Desse conjunto faz parte uma pequena autobiografia do autor, sob o título “O escritor diante do espelho”. 

”O tempo e o vento”, sob a direção de Dionísio Azevedo, com adaptação de Teixeira Filho, estréia na TV Excelsior, em 1967. No elenco, Carlos Zara, Geórgia Gomide e Walter Avancini. 

É agraciado com o prêmio “Intelectual do ano” (Troféu Juca Pato”), em 1968, em concurso promovido pela “Folha de São Paulo” e pela “União Brasileira de Escritores”.

No ano seguinte, a casa onde Erico nascera, em Cruz Alta, é transformada em Museu Casa de Erico Verissimo. Lança “Israel em abril”.

Em 1971, é editado o livro “Incidente em Antares”. 

Em 1972, comemorando os 40 anos de lançamento de seu primeiro livro, relança “Fantoches”, onde o autor acrescentou notas e desenhos de sua autoria.

Amplia sua autobiografia, publicada em 1966, fazendo surgir suas memórias — sob o título de “Solo de clarineta” — cujo primeiro volume é publicado em 1973.

O escritor falece subitamente no dia 28 de novembro de 1975, deixando inacabada a segunda parte do segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria “A hora do sétimo anjo”. 

Postumamente, é lançado, em 1976, “Solo de clarineta – Memória 2”, organizada por Flávio Loureiro Chaves.

”Olhai os lírios do campo”, com adaptação de Geraldo Vietri e Wilson Aguiar Filho, é a novela apresentada pela TV Globo, em 1980, sob a direção de Herval Rossano. No elenco, Cláudio Marzo e Nívea Maria. 

A esposa do autor, Mafalda, e a professora Maria da Glória Bordini, da PUC-RS, iniciam a organização dos documentos por ele deixados, em 1982.

É instalado, no programa de Pós-Graduação em Letras da PUC-RS — como projeto de pesquisa do CNpQ, o Acervo Literário de Erico Verissimo, em 1984. A coordenação fica a cargo da professora Maria da Glória Bordini.

No ano seguinte, a Rede Globo leva ao ar a série “O tempo e o vento”, adaptação de Doc Comparato e Regina Braga, direção de Paulo José, com Glória Pires, Armando Bogus, Tarcísio Meira e Lima Duarte, entre outros. 

Em 1986, o Museu de Cruz Alta torna-se Fundação Erico Verissimo.

O índice de toda a obra de Erico é informatizado através do Projeto Integrado CNpQ – Fontes da Literatura Brasileira, que o disponibiliza para consulta, em 1991.

Em 1994, seu filho Luis Fernando assume a presidência da Associação Cultural Acervo Literário de Erico Verissimo, entidade encarregada de cuidar de toda a documentação literária do escritor. “Incidente em Antares”, adaptado por Charles Peixoto e Nelson Nadotti, com direção de Paulo José e constando de seu elenco Fernanda Montenegro,e Paulo Betti, é apresentada pela Rede Globo.

A UFRS homenageia o autor, pela passagem dos 90 anos de seu nascimento, com uma mostra documental no salão de sua Reitoria. A PUC-RS realiza seminário internacional, coordenado por seu Programa de Pós-Graduação em Letras, em 1995.

Organizada por Maria da Glória Bordini, publica-se, em 1997, “A liberdade de escrever”, coletânea de entrevistas do autor sobre política e literatura.

Em 2002, a Globo inicia a edição definitiva da obra completa do autor. É inaugurado o Centro Cultural Erico Verissimo, destinado à preservação do Acervo Literário e da memória literária do Rio Grande do Sul. 

Morre Mafalda Verissimo, viúva do escritor, em 2003.


Carlos Drummond de Andrade homenageia o amigo com esse poema:


A falta de Erico Verissimo 

Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.

Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça
que tarda - como tarda!
a clarear o mundo.

Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.

Falta um solo de clarineta.


Fonte: Projeto Releituras - Arnaldo Nogueira Júnior

Música ao Longe

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O livro Música ao Longe foi escrito em 1935 a fim  de concorrer ao Prêmio Machado de Assis (que aliás ganhou). Em suas 240 páginas, Érico Veríssimo soube mostrar uma grande versatilidade: emprestou as suas palavras à voz de uma garota de 16 anos, Clarissa; aos seus pais, ao jovem rebelde Vasco e até mesmo à personagens secundários – com suas peculiaridades.

Veríssimo usa  uma técnica de narração sofisticada: a maior parte do romance, Clarissa narra os acontecimentos por meio de seu diário ou de suas divagações. Contudo, há também um narrador em terceira pessoa. Esse narrador mergulha no íntimo dos demais personagens, dando- lhes, às vezes, a oportunidade de cada um contar a sua estória. Apesar desta densidade psicológica, a fluidez com que o livro foi escrito nos dá uma rapidez de leitura incrível. Em outras palavras: simplicidade misturada a algo profundo.

O enredo do romance é ambientado na cidadezinha Jacarecanga, onde Clarissa é professora de uma escola municipal. Sua vivacidade e olhar observador misturam- se a uma ingenuidade que pode ser atribuída a sua criação. João de Deus, seu pai, é um pecuarista falido, cheio de um orgulho decadente. O pai de João de Deus, sr. Olivério, fora respeitado por todos da cidade. E ele, como filho, espera ter o mesmo prestígio – que não tem.  D. Clemência, esposa submissa e dedicada, reprimia suas opiniões e via a inércia do marido sem lhe dizer palavra.

João de Deus carrega  pontos positivos e negativos do patriarcalismo: o apego à família misturado a uma visão arcaica do papel feminino na sociedade, e do trabalho árduo mas desprestigiado. Tudo isso acaba respingando na personalidade de Clarissa. Tímida, muitas vezes arrepende- se por não ter nascido homem. Acha que não deve verbalizar suas opiniões e que tem obrigação de se submeter às vontades do pai. A relação com a mãe beira a uma frieza não só pela natureza de D. Clemência como também pelo estilo de vida que lhes eram imposto.

Dicas Para Estudar Melhor

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Dicas do professor João Bosco da Silva

1. Durante os estudos, levante-se e beba água, fazendo ainda pequenas atividades físicas (alongamentos, por exemplo);
2. Estudar é como ter sede. Se não estiver com sede, não estude naquele momento;
3. Entenda que somente o estudo o levará a conquistar seus objetivos. Seja amigo do estudo;
4. Escolha somente uma disciplina para estudar em casa num determinado dia, evitando misturar assuntos para fixar em pequeno espaço de tempo;
5. Escolha um horário no qual tenha mais gosto e assimila melhor o estudo;
6. Faça amigos físicos e reais, na internet os amigos fogem na mesma velocidade com que eles chegam;
7. Leia jornais e revistas, para ser cidadão bem informado criar argumentos críticos em momentos de escrita ou posicionamento acerca de algum tema;
8. Mantenha contato com professores para tirar dúvidas. Não existe quem não tenha dúvidas. Ter dúvidas é salutar, pois o esclarecimento gera o conhecimento;
9. Procure estudar num lugar sem barulho;
10. Procure dormir no mínimo 8 horas por dia, e estabeleça momentos de lazer, a fim de que o cérebro descanse, e possa absorver novas informações;
11. Em períodos normais de estudo em salas de aula, revise sempre as matérias do dia. Não deixe acumular;

01 setembro 2014

O porquê do medo das crianças

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Aprenda a detectá-los e deixar os pequenos mais tranquilos nessa hora 

Toda criança pequena sentirá medo de algo em algum momento de sua vida. Medo do escuro, medo de perder a mãe e medo de monstro são alguns exemplos. E esses medos não serão originados necessariamente por causa de uma história, de uma situação experimentada ou de um mito. Esses elementos servirão apenas de isca para que o medo surja.

O medo faz parte da natureza humana. É um estado emocional que ativa os sinais de alerta do corpo diante dos perigos e uma importante etapa do amadurecimento afetivo das crianças. A tarefa dos pais é ajudá-los a lidar com os próprios temores, que tendem a florescer ainda mais nos primeiros anos de vida.

É na infância, sobretudo até os 5 anos, que uma série de temores aflora de maneira mais intensa.

Tomemos como exemplo o medo do escuro. De fato, é na imaginação da criança que reside o que nela lhe dá medo; o escuro apenas oferece campo para que essas imagens de sua imaginação ganhem formato, concretude. 

É que, no escuro e em suas sombras, a criança pode “ver” monstros se movimentando e até “ouvir” os rugidos ameaçadores dessas figuras. No ambiente iluminado, tudo volta a ser a realidade conhecida porque a imaginação deixa de ter seu pano de fundo. Os rugidos dos monstros voltam a ser os sons naturais do ambiente. E as monstruosas imagens são diluídas pela claridade.

Ler e Escrever

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Os pequenos fazem de conta que leem e escrevem, mas não é hora de treinamento. A curiosidade das crianças pequenas em relação às letras é natural e deve ser estimulada. Mas não é aconselhável fazer treinamentos nem transformar o aprendizado na principal atividade da criança. Nos últimos 20 anos, mudou tudo em relação à alfabetização. Os pais às vezes temem antecipar fases, mas a verdade é que se aprende a ler desde sempre. Antes, imaginava-se que as crianças entravam na escola cruas e saíam letradas. Não é assim. Desde pequeninas elas vão formando uma bagagem, construindo suas hipóteses sobre a leitura e a escrita. Por volta dos 3 anos, começam a perceber a função das letras e já distinguem desenho e escrita. Elas descobrem que escrever ‘gato’ é diferente de desenhar um gato.

Função social

A atribuição dos pais é criar um ambiente que valorize e facilite o contato com a leitura e a escrita, sempre. A criança deve perceber que a escrita tem uma função social: além de registrar histórias, serve para fazer a lista do supermercado, deixar bilhetes e mandar mensagens pelo computador, compor as notícias dos jornais e das revistas, dar informações em placas, etc. O ambiente favorável é criado com muita leitura por parte dos pais, livros acessíveis e material de escrita à disposição da criança.

O que não pode é começar a ensinar metodicamente. A criança constrói suas hipóteses e vai derrubando as que não servem.  Os pais precisam se segurar e não derrubar as hipóteses por ela, mostrando o jeito certo. Isso desestimula e faz com que ela adote a fórmula que já está aprovada. Aí, sim, ela queima etapas. Portanto, nada de correções e exercícios, como dirigir a mão da criança. E não se deve comparar desempenhos. Cada um tem seu tempo e no fim todo mundo chega lá. Começar a ler mais cedo não significa ser um bom leitor mais tarde. Sobre crianças, nada é definitivo.


Sem medo

Assim como alguns pais receiam ensinar pouco à criança, outros evitam até conversas e atividades envolvendo a leitura, por medo de estar estimulando um aprendizado precoce. Se não é aconselhável fazer correções e estimular cópias, também é importante não se omitir. Se a criança perguntou, responda. A evolução da própria criança não pode ser ignorada. A leitura de histórias, por exemplo, deve acontecer desde o berço. Mas, agora, já deve ser feita com o texto visível também pela criança, pois ela vai começar a perguntar onde está escrito isso ou aquilo e vai mostrar as letras que já conhece.


Fonte: Revista Crescer

Alfabetização

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Cada criança tem seu ritmo. Espera-se que aos 6-7 anos de idade a criança domine razoavelmente a leitura e a escrita. Porém, isso começa muito antes. Desde bem pequena, ela já lê o mundo: nas placas das ruas, nas embalagens, nos livros, revistas, jornais, bilhetes e nos outros escritos que ela esbarrar no cotidiano. E é tudo isso, mais a dedicação da escola, que vai fazer com que seu filho aprenda a ler.


Para que tanta pressa?

Para ter sucesso, a alfabetização deve caminhar ao lado do brincar, da música, das artes, de mexer com terra, de correr. Além do mais, aprender a ler primeiro que outro não é passaporte para um futuro bem-sucedido. A criança vive um processo, que exige tempo, paciência e disponibilidade de todos.
Ansiedade só atrapalha e ainda pode esconder um problema real, como de visão, audição ou um distúrbio de aprendizagem. A alfabetização é como começar a andar: quando vemos um grupo de crianças andando, você não sabe quem andou primeiro. Ler é o mesmo: uns começaram em março, outros em outubro, outros em novembro. Mas quando todos leem, você não sabe quem leu primeiro!!


Onde você entra?

Se método, sistematização e treinamento são do âmbito escolar, o que os pais podem fazer? Muito. O meio em que se vive conta demais. Uma criança mergulhada em um ambiente onde as situações de leitura são muitas, vai ter mais interesse e, provavelmente, alfabetizar-se com mais facilidade. O papel da família é esse: oferecer opções e fazer desse momento puro prazer. Os livros, claro, são um começo inesquecível. Desde os voltados para os bebês, até os com frases maiores e histórias. Mas há disponível, também, diversas boas opções que têm o alfabeto e a possibilidade de brincar com as palavras como tema. Isso também é alfabetização, sabia?
Como o professor pode ir além das cartilhas e dos livros didáticos, os pais também têm um leque enorme de opções para incentivar a criança nesse momento tão importante. Mas nada de transformar a casa em filial de sala de aula. Não se trata de brincar de criar pequenos gênios, mas de dar as melhores condições para essa conquista.


Dicas

Leia em voz alta! Depois, peça para ele ler também. Escreva bilhetes, espalhe pela casa, coloque na mochila. Na hora de dar um presente, invente uma caça ao tesouro, colocando palavras-chave que ele já conheça. Pode comprar jogos com cartões, deixar assistir a programas educativos de televisão e CD ROMs. Mas não esqueça de que estímulo não é treinamento! Faça isso tudo ser muito divertido. Porque realmente é. Esteja sempre junto!!


Fonte: Revista Crescer

A Fase das Mordidas

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Morder é uma forma de expressão, uma fase passageira

Mais do que uma reação de raiva, as mordidas dadas pelas crianças pequenas, com até 2 ou 3 anos de idade, são uma forma de comunicação e de expressão de sentimentos. Nessa primeira etapa da vida, a criança ainda não domina a linguagem. Então, a forma que ela tem para se comunicar e interagir com os outros é pelos meios físicos, como morder, bater ou puxar o cabelo. O fato de as mordidas fazerem parte de uma fase do desenvolvimento das crianças não significa que elas devem ser ignoradas ou aceitas.


Por que as crianças mordem

Enquanto ainda não sabem falar com desenvoltura, as crianças utilizam outros meios para se expressar e para se comunicar. A mordida é uma delas. As crianças pequenas ainda não verbalizam com fluência e a linguagem do corpo acaba sendo mais eficaz. Nessa fase em que ainda não têm o domínio da fala, as manifestações corporais são usadas para demonstrar descontentamento, alegria, descobertas.
O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar atenção. As mordidas são usadas em situações diversas e a criança vai avaliando quais os efeitos que as mordidas têm.
Quando a criança quer alguma coisa e o objeto desejado está na mão de outro, ela entra em disputa. Como tem urgência em resolver a questão, reage com a parte do corpo que tem mais coordenação, que é a boca, região que usa intensamente desde o nascimento. Com o tempo, a criança aprende outras formas de comunicação e deixa as mordidas de lado. Se isso não acontecer por volta dos 3 anos, é melhor ficar atento.

Se essa rua fosse minha...

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O Jogo das Somas

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A Infancia de Hoje

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Pensemos...

Alguns Textos Ilustrados para Afalbetização

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Piratas do Vale do Silício - Resumo e Filme

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O filme fala sobre como surgiu as empresas Microsoft e Apple na década de 70 através de quatro jovens universitários que adoravam informática: Bill Gates, Paul Allen, Steve Jobs e Steve Wozniak. Com toda inteligência e esperteza ao longo dos anos trouxeram aos usuários domésticos o poder de desfrutar o que naquela época somente as grandes empresas tinham: o computador. 

Steve Jobs e Steve Wozniak
Steve Jobs e Steve Wozniak são universitários da Califórnia. Jobs é um cara problemático e tem um jeito meio hippie, sofre por não conhecer sua mãe biológica, faz terapias e usa drogas. Wozniak é um cara brincalhão, adora piadas e é muito inteligente. Ainda na faculdade fizeram amizade com um rapaz que descobriu que um simples apito emitia o mesmo som dos aparelhos da empresa AT&T e através de algumas modificações inventaram a “Caixa Azul”que fazia ligações de longa distância de graça. Bill Gates é uma pessoa muito inteligente, estuda na universidade de Harvard, adora jogar Poker e tomar cerveja com seus amigos Paul Allen, também universitário e Steve Ballmer.
Mainframes


No início dos anos 70, os computadores chamados de mainframes, eram de grande porte e ocupavam grandes espaços. Embora não houvesse computadores pessoais como os que tão comumente encontramos hoje, existia um público ansioso por poder usufruir dessa tecnologia.

Em 1974 uma empresa em Albuquerque lança o computador “Altair”, mas o computador tinha um problema, precisava de uma linguagem, foi então que Bill e Paul fechando negócios com a empresa inventaram a linguagem para o Altair, o Sistema Operacional Basic e em 1975 fundaram a empresa Microsoft.




Computador Apple 
Steve Jobs e Wozniak juntos desenvolveram em 1976 uma espécie de primeiro computador pessoal, resultado de intensos trabalhos numa garagem. Eles deram o nome para esse protótipo de Apple. Com o sucesso do modelo, eles decidiram fundar uma empresa para aprimorar o microcomputador Apple e em 1977, surgiu à empresa Apple Computer. No lançamento do Apple II em 1977 numa pequena feira de informática, Bill Gates até então desconhecido, é esnobado por Steve Jobs. A partir desta época começou a batalha entre essas duas pequenas empresas por inovações tecnológicas. As grandes empresas como IBM, Xerox e outras não acreditavam na popularização dos computadores pessoais e nessa época não se interessaram pelo investimento, mas logo se convencem do contrário e passaram a ver a importância dessas empresas no mercado ao ver a Apple Computer produzir ótimos computadores, fechando a década como uma das melhores. 


Sistema MS-DOS
Em 1980 a IBM decidiu entrar no ramo dos computadores pessoais e queria fabricar um microcomputador que superasse o Apple II, foi então que Bill Gates numa jogada de esperteza consegue por 50 mil dólares, os direitos de um sistema operacional quase pronto, que não tinha muito poder de processamento desenvolvido por outros universitários e fazendo algumas modificações conseguiu fechar acordo com a IBM que criou seu primeiro PC e funcionando com o sistema operacional de Bill o que o chamou de MS-DOS. 

Macintosh
Tempos depois num centro de pesquisas alguns engenheiros inventam a interface gráfica e o mouse e apresentam a empresa Xerox que não da importância ao invento, cujo utilizam ícones que através do mouse guiam para a seleção e execução de tarefas e acabam passando toda a tecnologia para a Apple, que a partir daí criou em 1984 o Macintosh e outro microcomputador chamado Lisa, dois projetos com interface gráfica e o nome Lisa é o mesmo nome de sua filha com Arlene, que abandonou ainda grávida. E tempos depois Wozniak desfaz sua parceria com Jobs por não aceitar a maneira como Jobs comandava a Apple e tratava seus funcionários. 





Bill Gates acompanhando toda essa evolução da Apple, decide criar uma maneira de desenvolver também uma interface gráfica e numa jogada de mestre consegue se aliar a Apple para fornecer programas para o Macintosh com intenção de roubar informações, mas quando Steve Jobs percebe já é tarde demais, Bill copia toda sua tecnologia e com algumas modificações cria em 1985 o Sistema Operacional com interface gráfica: o Windows.

John Sculley, presidente da Apple demite Steve Jobs, mas em 1997 Jobs consegue voltar para a empresa, sendo que a Microsoft é dona de parte da Apple, tornando assim Bill Gates o homem mais rico do mundo.